terça-feira, 27 de maio de 2014

Cólica, dor, simeticona e instinto...

Quem nunca sofreu com um bebê com cólica, com certeza tem uma benção!

Meu filho, pobre criança recém nascida nesse mundo sofrido, já percebeu que o lugar onde vive é duro e doloroso. E que algumas coisas só se resolvem com a bendita da simeticona! Por favor, antes de mais nada, não achem que eu estou fazendo propaganda ou sendo paga para divulgar esse componente químico glorioso, somente estou relatando algo pragmático que, de certa forma, resolveu alguns probleminhas aqui em casa.

Continuando... Para simplesmente adicionar informação para quem lê: Paco sofre de cólicas desde que nasceu e começou usar seu pequenino sistema digestivo! Não quero nem saber e ler qualquer artigo ou comentário que possa me provar o contrário. Desde sempre embalamos a criança tanto na maternidade quanto em casa para fazê-la dormir, apesar de um choro de dar uma pena imensurável. Odeio quando leio o "mais ou menos, a partir de 2 semanas de vida, o recém-nascido pode começar a sofrer de cólicas e blábláblá", sério, e aposto que se eu lançar a enquete de "Com quanto tempo de vida seu bebê começou a sentir cólica", vai chover de 1ª semana para cá, nos primeiros 5 dias para lá.

Enfim, continuando²... Não, não fui dessas pessoas que fui nx pediatra para saber o que poderia dar para um recém-nascido de 16 dias, na sua primeira aventura entre as drogas que a medicina e a tecnologia nos fornecem. Tudo bem que fui no dia seguinte, mas foi pura coincidência mesmo! Comprei o remédio e no mesmo dia dei - e com grande incentivo do meu compa, diga-se de passagem (rsrsrs). Forneci um alívio ao rebento que ninguém estava conseguindo fornecer. E, por mais que haja toda boa vontade do mundo para tentar acabar com o tal do sofrimento, tem horas que só uma droguinha para dar o auxílio que queremos.

Não fui tão desnaturada assim e obviamente perguntei à pediatra se podia dar a tal da simeticona para o Paco. Porém, se não fosse a coincidência da consulta conseguida de última na hora no dia seguinte a iniciada viagem de destruição de bolhas de gás e dores por causa do intestino tão imaturo de meu filho, fosse a data que fosse, iria dar o tal do remédio para ele, pelo simples fato dele ter resolvido o problema!

Não vou deixar aqui nenhuma orientação para uso de remédio de forma irresponsável e indiscriminada (deixo para fazer isso em casa, eu com meu companheiro e filho para não gerar problemas para os outros!), nem acredito nessa prática para dizer a verdade. Mas às vezes a dor é tanta, assim como seu sofrimento por ver um ser tão pequeno sofrer como um bichinho, que lanço mão desses sensos comuns mesmo - e provavelmente essa não será a única vez (falta experimentar a tal da funchicória).

E para falar a verdade, não me arrependo! Acho que é necessário seguirmos alguns instintos nossos - mesmo quando laçamos mão de algo tão técnico -, principalmente quando todo o carinho e paciência do mundo com o choro de cólica não dão conta. Às vezes a massagem, o banho quente, o sling apertando a barriguinha dele na minha e o colo gostoso de quem o pega não dão conta, e é necessário aceitar isso... =(

Acredito muito nesse tal de instinto que muitas vezes deixamos de lado... Na verdade é uma mistura de instinto com racionalidade, não dá para explicar muito bem. Mas acho que todo mundo já ouviu uma voz inaudível ou sentiu um frio sem vento que te dá carta branca para resolver os problemas a sua maneira. Não digo isso por que acho que mãe tem instinto materno e nada se compara! Pai tem instinto paterno, avós tem instintos de avós, tixs tem instintos de tixs e por aí vai, etc, etc, etc...

Bom, vamos ver qual vai ser a outra droga da medicina que lançarei mão por conta dessa carta branca instintiva! (kkkkkkkkk)

terça-feira, 20 de maio de 2014

Graças às muletas... (FDS nos pais)

Bom, esse final de semana foi quase que inteiramente passado na casa dos meus pais. Meu querido companheiro foi quase que intimado a comparecer ao encontro municipal do PSOL (sim, ele é do PSOL e eu sou do PSTU e outro dia farei uma postagem especificamente sobre isso), em Niterói. Devo confessar que sinto uma mistura de inveja com raiva, pouca coisa - bem pouca mesmo (juro!) -, pois tenho me virado bem só com o Paco e minha mãe lá em casa, mas senti o que senti. Aliás, sinto falta da minha militância orgânica, centralizada, dura, bolche, etc, etc e etc... Fora as diferenças políticas que possa haver com alguns leitores, essa vida de discussão política me pega pelo pé, mesmo sendo muito difícil dar cabo dela durante esse período de adaptação.

Não sou das mais regradas, mas sempre tive um palpite a dar. Coisas da militância que nunca te deixa assim que tu começa. Infelizmente, tô dando uma pausa em algo que me faz desse jeito que sou, e sinto um misto de coisas pelo fato de meu companheiro não estar na mesma situação que eu. Ele não precisa. Ele não porta as tetas que alimentam nosso filho!

Enfim, a questão principal nisso tudo: ainda bem que fiquei na casa dos meus pais durante esse tempo dele fora. De outra forma, não sei com seria. Houve muitos poucos momentos em que fiquei sozinha com Paco. Momentos que me geraram insegurança, mas pelos quais passei assim mesmo. Não tinha outra maneira. São passos de formiga na velocidade de uma tartaruga. Todo mundo tem um processo e esse é o meu, bem leeento, devagaaar!

Matheus diz que às vezes faço minha mãe de muleta. E faço mesmo! Meu filho não tem nem um mês, ora pipocas! Sem falar que que minhas muletas não negam fogo, estão presentes.Também, "a pior mãe do planeta" não seria a pior mãe do planeta se não fizesse isso... Mal sabe ele que também faço ele de muleta. Ao meu ver, fazer algumas pessoas primordiais de muleta é necessário. Quem não pode contar com suas muletas durante seu processo de adaptação ao filhx, passa um perrengue da porra!

Já li e presenciei relatos que me deixaram aflita - e me sentindo um cocô de gente por não conseguir fazer igual. Pessoas que passaram por isso tudo - choros, cólicas, noites sem dormir, fraldas cagadas/mijadas infintas - quase que sozinhas ou com muito pouca assistência, tem minha total admiração. Eu não sei o que faria sem! Por isso, agradeço de coração as minhas muletas: pai, mãe, companheiro e a todxs que de alguma forma se ofereceram a ficar com o Paco (e comigo, por tabela).

(Momento bonito de agradecimento passado, ainda guardo essa invejinha/raivinha/chateaçãozinha/e outras inhas...)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A pior mãe do planeta faz sua primeira postagem!

Hoje é uma sexta-feira, oficialmente 22h! Estou aqui escrevendo a primeira publicação no meu blog.

Sabe-se lá o porquê de estar escrevendo, mas tive a necessidade de escrever sobre essa fase que se iniciou, concretamente, no dia 22/04/2014, às 13h21: o nascimento do meu filho Paco. Daqui em diante vocês vão entender esse nome tão peculiar que decidi colocar!

Não que eu me considere de fato "a pior mãe do planeta", mas acho que a frustração, alguns fatos do cotidiano e uns tantos pensamentos pessoais meus podem me fazer pensar ou crer que sou "a pior mãe do planeta". Enfim, essa ferramenta desse universo imenso que é a internet me fará desabafar sobre coisas que sinto, penso, faço, (re)produzo, enxergo, critico, exalto, planejo, viajo, etc, etc, etc... Pelo menos é no que acredito.

Sem mais delongas e enrolações, aqui vai uma prévia.

Como já bem disse no início do texto, hoje é sexta-feira, e agora são 22h08. Minha mãe, e não eu, está com minha cria de 24 dias no colo, com cólica (que foi identificada no 5º dia de sua existência, diga-se de passagem), tentando fazê-lo dormir. Minha mãe sempre se prontifica em pegá-lo para ninar e eu NUNCA digo "não". SEMPRE me aproveito de sua incrível vocação para ser avó e sua vontade constante de ficar com ele.

Não me incomodo nem um pouco de outras pessoas, de total confiança minha (é claro!), pegá-lo no colo e trocar suas fraldas. Meu instinto não proíbe que mais alguém possa desfrutar de seu incrível cheiro (que já tá modificando), limpá-lo, fazer rir e ninar. Ele é totalmente demais e por isso entendo a necessidade dos outros em querer ficar um momentinho com ele. Afinal de contas, eu fico com ele 24 horas por dia, 7 dias na semana, nas mamadas, nas trocas de fraldas, nas dormidas, nas não dormidas, nos passeios no quarteirão, nos banhos de sol na pracinha e em casa... Ou seja, em tudo!

Meu papel como mãe seria estar sempre com ele, 24 horas por dia, 7 dias na semana. Deveria ter esse instinto magnânimo de proteção e desejar fazer tudo para ele! No entanto, essa não sou eu... Eu adoro dar de mamar, só que imediatamente depois quero que alguém o coloque para arrotar e dormir. Adoro niná-lo, mas se a coisa tá muito difícil e os braços doem, recorro ao companheiro ou minha mãe para fazê-lo. Uso o sling com prazer durante o tempo de suas cólicas para dar conforto a esse ser tão pequeno e novo, entretanto, se meu controle sobre seu corpo estiver no limiar do impossível entrego ele a alguém, facilmente. Posso já relatar essas pequenas coisas do dia-a-dia e chegar a conclusão de que sou "a pior mãe do planeta".

Enfim, esse é o início! A primeira postagem de outras que em breve virão sobre essa conclusão na qual posso chegar - sem querer...