terça-feira, 20 de maio de 2014

Graças às muletas... (FDS nos pais)

Bom, esse final de semana foi quase que inteiramente passado na casa dos meus pais. Meu querido companheiro foi quase que intimado a comparecer ao encontro municipal do PSOL (sim, ele é do PSOL e eu sou do PSTU e outro dia farei uma postagem especificamente sobre isso), em Niterói. Devo confessar que sinto uma mistura de inveja com raiva, pouca coisa - bem pouca mesmo (juro!) -, pois tenho me virado bem só com o Paco e minha mãe lá em casa, mas senti o que senti. Aliás, sinto falta da minha militância orgânica, centralizada, dura, bolche, etc, etc e etc... Fora as diferenças políticas que possa haver com alguns leitores, essa vida de discussão política me pega pelo pé, mesmo sendo muito difícil dar cabo dela durante esse período de adaptação.

Não sou das mais regradas, mas sempre tive um palpite a dar. Coisas da militância que nunca te deixa assim que tu começa. Infelizmente, tô dando uma pausa em algo que me faz desse jeito que sou, e sinto um misto de coisas pelo fato de meu companheiro não estar na mesma situação que eu. Ele não precisa. Ele não porta as tetas que alimentam nosso filho!

Enfim, a questão principal nisso tudo: ainda bem que fiquei na casa dos meus pais durante esse tempo dele fora. De outra forma, não sei com seria. Houve muitos poucos momentos em que fiquei sozinha com Paco. Momentos que me geraram insegurança, mas pelos quais passei assim mesmo. Não tinha outra maneira. São passos de formiga na velocidade de uma tartaruga. Todo mundo tem um processo e esse é o meu, bem leeento, devagaaar!

Matheus diz que às vezes faço minha mãe de muleta. E faço mesmo! Meu filho não tem nem um mês, ora pipocas! Sem falar que que minhas muletas não negam fogo, estão presentes.Também, "a pior mãe do planeta" não seria a pior mãe do planeta se não fizesse isso... Mal sabe ele que também faço ele de muleta. Ao meu ver, fazer algumas pessoas primordiais de muleta é necessário. Quem não pode contar com suas muletas durante seu processo de adaptação ao filhx, passa um perrengue da porra!

Já li e presenciei relatos que me deixaram aflita - e me sentindo um cocô de gente por não conseguir fazer igual. Pessoas que passaram por isso tudo - choros, cólicas, noites sem dormir, fraldas cagadas/mijadas infintas - quase que sozinhas ou com muito pouca assistência, tem minha total admiração. Eu não sei o que faria sem! Por isso, agradeço de coração as minhas muletas: pai, mãe, companheiro e a todxs que de alguma forma se ofereceram a ficar com o Paco (e comigo, por tabela).

(Momento bonito de agradecimento passado, ainda guardo essa invejinha/raivinha/chateaçãozinha/e outras inhas...)

3 comentários:

  1. Oie Julita. Serei assídua aqui. Afinal esses relatos podem me ser úteis para eu me tornar a melhor amiga da "pior mãe do planeta". Já digo que discordo do título mas compreeendo o sentimento apesar de ainda não ter meu boneco.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Claudinha, vai q esse blog te inspira, xuxu!!! vou ficar torcendo p tu ganhar uma seção aqui!!! rsrsrs

      Excluir
  2. Ok, a pior mãe do planeta sente inveja de mim pq sou do PSOL. Compreensível. Serei sempre muleta.

    ResponderExcluir