quarta-feira, 2 de julho de 2014

Um chá de camomila e um pote com amendoim

Essa postagem é uma postagem reflexiva. Reflete o que venho pensando e o como tem sido meus dias atualmente.

Acabei de me deparar com o seguinte fato: tenho que aprender a pensar com outra pessoa na minha cabeça. É difícil! Meus pensamentos não seguem uma linha coerente, me perco facilmente nas minhas reflexões, isso porque penso no Paco constantemente. Inclusive, nas poucas vezes que estive longe dele.

É um mundo novo nas costas. E é um mundo pesado, devo confessar. Não é fácil se deparar com o fato de que alguém depende de você. E, por mais que se ache que é até uma certa idade muito longínqua - tipo até uns 18/20 anos de idade, no mínimo -, me vejo agora vendo que a dependência de Paco pode ser que vá mais longe. Tipo... Para sempre!

Digo isso principalmente por ele existir e depender demais de meus pais em muita coisa ainda para que eu possa existir junto dele. E acho que vai ser para sempre também...

Nesse momento, ele está no colo do pai e olhando para mim... Isso é ao mesmo tempo maravilhoso e amedrontador! E diz muita coisa sobre o que vem pela frente. Muita coisa vem pela frente, é a única certeza que se dá para ter.

Hoje foi a primeira vez que me deparei com o costume. O costume de tê-lo por perto todo dia, toda hora. De ter que pensar o cotidiano para e com ele. Sem falar que ainda meus dias dependem muito mais dele do que ele do meu cotidiano. Dependo de seu humor, suas sonecas, suas mamadas, banho, etc, etc e etc... Meu dia é uma dependência e a vida dele depende de mim!

Seria, então, uma co-dependência?! Não sei, não sei mesmo... Até quando é assim? Acho que é para sempre... Com menos intensidade talvez, quem sabe. (Mas para sempre.)

O mais louco disso é que eu e meu companheiro também estamos no tempo de nos acostumarmos um com o outro. Bom, para quem não sabe, Matheus e eu nos conhecemos em junho do ano passado. Essa semana faremos um ano de "namoro". Fiquei grávida semana seguinte de oficializarmos nosso relacionamento. Na semana após a comemoração do nosso mês juntos nos deparamos com a novidade da gravidez.

Tudo muito corrido, rápido e sem intervalos. E estamos nessa até hoje. Nem perto de isso melhorar. E impossível disso ser diferente.

Nosso cotidiano não é nada como o "Cotidiano" de Chico Buarque. Não fazemos nada tudo igual, nem sempre acordamos com um sorriso, apesar de sempre pensarmos em cuidar um do outro - mesmo que às vezes é bem pouquinho - e, até então, não calamos a boca com nada (aliás, isso é meio que proibido). Sinceramente, isso também é cansativo, assim como o cotidiano rígido também pode ser.

A única coisa certa no meu dia é o horário de ir dormir, o ritual do sono que tantas mães, especialistas e outros falam. Não funciona só para o Paco, funciona para mim também. Para o Matheus, inclusive. Ir dormir... Ir dormir é um ritual sagrado... Isso não dá para não ter no não-cotidiano! Senão, ninguém aguenta! (Ninguém mesmo: nem eu, nem Paco, nem Matheus.)

Engraçado esse negócio de sono... Isso é tão sério, mas tão sério, que quando essa pequena regularidade é interrompida o dia seguinte é horrível! Ai! Esses não-cotidianos necessitam de boas noites de sonos (boas noites de sono foi exagero, eu sei, ninguém que tem recém-nascido em casa tem boa noite de sono... mas uma noite que você sabe como vai começar e como vai terminar é um alívio sem igual!)

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