Essa postagem surge de uma leitura de um post feito no Facebook por uma das mais belas cantoras que conheço. Bela porque é uma mulher de luta, possui uma sabedoria sem igual sobre as mulheres, o racismo e a maternagem! Uma das minhas ídolas vivas!
Fiz essa tradução livre de seu post. Porque gostei. Porque me identifiquei. E porque ele pode gerar bons sentimentos nas pessoas ao meu redor! Apreciem! <3
Por E. Badu
Existe um instinto natural que nós, humanos, temos. Independente da nossa posição social, religião, cor ou raça, nós todos temos o desejo primitivo pela imediata, quase inabalável, ALEGRIA. Eventualmente, por meio das experiências dos eventos e das circunstâncias, nós aprendemos que esse desejo talvez seja irracional e não natural. Nós observamos nossas emoções balançar na medida em que somos influenciados pela energia ao nosso redor. Nossa própria resistência ao que é "desagradável" restringe nossos movimentos.
Num estado de auto medicação, nós começamos a nos tornar viciados na nossa dor. Em alguns casos, isso até começa a nos definir. Usamos máscaras para nos proteger e, infelizmente, perdemos de vista quem somos. Esgotados fisica, espiritual e emocionalmente, nos adoentamos e ficamos com muito pouca energia para lidar. Nossa obrigação com os outros é exaustiva. Nossa respiração fica superficial. ALEGRIA parece estar muito longe. E agora estamos presos nas nossas mentes, lotada de pensamentos aleatórios e de medos recolhidos.
Esse lugar se tornou nosso mundo. Nós sabemos que estamos desequilibrados. Alguma coisa tem que mudar. Como nós dosamos dentro de nossas ocupadas vidas para dar a atenção necessária aos nossos seres internos; a parte de nós que, na sua essência, regula nossas mentes, emoções e vital bem-estar? Talvez precisemos mudar nosso jeito de ser, olhando dentro e simplesmente mudando nossa perspectiva e percepção.
PARE. OBSERVE. IDENTIFIQUE. ACEITE. ELIMINE.
A mulher sábia sabe, instintivamente, que para de fato perceber-se, deve-se parar. Deve desistir de coisas que não mais a envolve ao identificar que coisas são essas. Ela percebe que a maior ALEGRIA humana que nós procuramos somente pode ser achada na total aceitação de quem realmente somos e não nos avatares que criamos para nos definirmos. Quando se está completamente presente e consegue ver seu verdadeiro eu claramente, ela percebe que a necessidade da ALEGRIA se dissolve assim como a resistência à dor. Ela os substitui com humildade, por que agora ela confia no fluxo da vida. Ela se torna única com tudo.
É nesse exato momento de completa aceitação onde ela se transforma. É nesse estado de consciência que ela se expande, contrai e respira vida dentro de seus pensamentos. Ela agora sabe que esses pensamentos se transformam sua realidade. Ela sempre soube. Ela é
A SÁBIA.
A CURANDEIRA.
A DOULA.
A FEITICEIRA.
A VIDENTE.
A GUARDIÃ DA SABEDORIA.
A SANGOMA.
A MGANGA.
A MCHAUI.
A CURADORA.
Nós temos que lembrar que nós somos poderosas, sem parâmetros de comparação. A cada obstáculo com o qual nos deparamos é outra oportunidade de usar nosso poder. É um passo em direção à grandeza. Afinal, nós pedimos para ser grandes."
Esse texto me lembrou o processo do meu parto: consciência, contração, dor e pura ALEGRIA!
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